BIQ House

A Casa BIQ foi concluída e lançada no final de março de 2013, bem a tempo para ser apresentada como uma das maiores atrações da Exposição Internacional de Construção de Hamburgo (IBA – 2013), na Alemanha.

O projeto foi executado pela empresa de design internacional Arup, pela empresa alemã SSC (StrategicScience Consultants) e elaborado pelo arquiteto Splitterwerkde Graz. E porque ela é tão interessante? Deve ser o que você está se perguntando.

A BIQ é um dos mais perfeitos exemplos de uma casa natural, eficiente e única. Ela é o primeiro edifício do mundo a ter uma fachada com biorreatores. E o que isso significa? Significa que sua fachada produz energia a partir de microalgas que são cultivadas dentro dos elementos de vidro que compõem a sua “bio pele”.

O edifício é praticamente todo revestido com tiras de vidro, semelhantes a persianas, na cor verde, onde são cultivadas as micro algas verdes com fotobiorreatores integrados a reatores. Estas tiras de vidro além de serem utilizadas para produzir energia, podem controlar a luz e proporcionar sombra.

E como ele funciona?

Primeiramente, é muito importante entender que microalgas são produzidas dentro destas células verdes que revestem a fachada do edifício. E que tanto para produzir energia como para gerar sombreamento estas microalgas precisam crescer.

No verão as algas absorvem os raios do sol que, junto com dióxido de carbono e outros nutrientes líquidos – fornecidos através de um circuito de abastecimento interno de água depositados nos painéis – promovem a fotossíntese. Este processo ajuda a alga a crescer e assim propiciar sombreamento no edifício, conseguindo assim, manter a temperatura interna do edifício baixa de uma forma mais natural, sem a necessidade de utilização de um sistema de ar condicionado. Todo este processo de fotossíntese, crescimento e sombreamento podem ser observados a partir do exterior da edificação.

No inverno, o sistema de calefação, responsável pelo aquecimento da casa BIQ, é abastecido pela água quente produzida por estas plantinhas. A fachada recolhe a energia por absorção da luz que não é utilizada pelas algas e gera calor, tal como numa unidade de energia solar térmica, a qual é diretamente usada para a água quente sanitária e para o aquecimento.

Como produz energia?

As algas depois de florescerem e se multiplicarem são colhidas, para assim, serem utilizadas como biomassa na produção de biogás. Este processo acontece na sala técnica da BIQ, com o auxilio de máquinas responsáveis por transformar a polpa grossa e fermentada das algas em biogás. As algas, em comparação com as plantas terrestres, são mais eficientes para este processo, pois produzem até cinco vezes mais biomassa/hectare que as plantas convencionais. E fora isto, possuem muitos óleos que são também utilizados na produção de energia.

Dentro de cada metro quadrado da fachada, é possível extrair cerca de quinze gramas de biomassa por dia, o que ao final de um ano produz cerca de 4500 kWh de energia elétrica – o que equivale a mais ou menos o consumo anual de uma família com quatro pessoas (4000 kWh).

O projeto de arquitetura consiste em um edifício residencial de cinco andares, no qual existem 15 módulos de diferentes tamanhos que variam de 50 a 120 m². O último pavimento, no quinto andar, é o único com um sistema de cobertura e fechamento lateral realizado em alvenaria convencional, enquanto que nos outros andares foram utilizadas as placas de vidro com algas. A ideia dos arquitetos era projetar um modelo de vida futurista e versátil, baseado nos padrões do futuro. O design de interiores foi pensado de modo que as habitações pudessem ser personalizáveis e com possibilidade de serem modificadas simplesmente pressionando um botão.

Por fim, não podemos deixar de ressaltar que o revestimento com algas também servem como um ótimo isolamento acústico. E assim, podemos ver que a tendência para o futuro da construção civil é a de que as fachadas não sejam apenas um elemento de vedação e decorativo, mas um elemento ativo para o funcionamento da edificação.

Segundo o líder de investigação da Arup na Europa, Jan Wurm, “O uso de processos bioquímicos para o sombreamento constitui uma solução realmente inovadora e sustentável, o que é muito importante assistir a sua aplicação num cenário real. Além de gerar energia renovável e promover sombra para manter o interior do edifício refrigerado nos dias ensolarados, o nosso desenho também cria uma aparência interessante que os arquitetos e proprietários irão gostar”.

  1. biorreatores de BIQ são aparafusadas para os lados virados para sul do edifício e são projetados para trabalhar com quase nenhuma intervenção humana ou de limpeza. Cada biorreator é de três polegadas de espessura, mais de oito pés de altura, e tem cerca de seis litros de água entre os painéis de vidro laminado de segurança.
  2. Um sistema circulatório complexo mantém as algas vivo e empurra a água, fósforo e azoto através dos biorreactores. A comida de alimentação de dióxido de carbono vem do tubo de escape de um gerador de rés-do-chão. (Em instalações futuras, as algas pode engolir CO2 emitido a partir de outros prédios.) Explosões de ar comprimido evitar que o crescimento de algas muito grosso, enquanto pequenas contas raspar o vidro e manter os organismos do apego a ele.
  3. Quando as algas reproduzir, eles emitem calor, o que significa que num dia ensolarado a água no bioreactor pode atingir 100 ° F. Que os cursos de água através de um trocador e aquece um segundo abastecimento de água, que circula através de tubos embutidos nos pisos para aquecer os quartos, ou para pré-aquecer a água utilizada nos chuveiros e cozinhas. água quente excesso é armazenado em oito furos 260-plus-pé-profundas sob o edifício. Ao todo, as algas do biorreatores produzir calorias suficientes para aquecer quatro apartamentos durante todo o ano.
  4. Pelo menos a cada semana, as algas são filtrados da água e transportado três milhas a uma universidade, onde são processados ​​para o metano e hidrogênio. Se eles foram queimados, eles poderiam ser usados ​​para gerar eletricidade, embora esta pode ser uma forma dispendiosa e ineficaz para negar as emissões de carbono.

Esse foi mais um dos Projetos apresentados no ALAC – Atelier Livre de Arquitetura Contemporânea. Um Curso gratuito que sempre está com inscrições abertas para estudantes e profissionais que buscam se atualizar.

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