Arquiteto Aldemy Gomes de Oliveira
No dia 7 de setembro de 2010, Mogi das Cruzes perdeu um ícone da Arquitetura e Urbanismo na Cidade. Aldemy Gomes de Oliveira viveu 74 anos, sendo 47 desses voltados à profissão. Ele nasceu em Palmares (PE) e se formou em Arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1963. Depois de trabalhar em vários escritórios e de atuação de destaque na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), chegou a Mogi em 1968, quando foi indicado para compor o corpo técnico do Plano Diretor da Cidade.
Em 1971 recebeu convite do então prefeito Waldemar Costa Filho para assumir a Coordenadoria Municipal de Obras. Passou ainda pelas áreas de Planejamento e Desenvolvimento da Administração Municipal. Também foi professor universitário entre os anos de 1972 e 2000.
Foi presidente da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Mogi das Cruzes (Aeamc) e secretário Municipal de Obras, Aldemy tinha uma atuação constante em prol do desenvolvimento da Cidade, com planejamento e qualidade de vida, integrando diversos conselhos e comissões municipais. O arquiteto e ex-professor também se destacava por seu trabalho em favor dos profissionais, especialmente na área da formação, com a organização de cursos e eventos da Aeamc.
Os arquitetos e engenheiros mogianos prestam uma homenagem, falando de suas lembranças e realizações ao lado de Aldemy.
“São tantas lembranças, afinal convivemos por 30 anos. Aldemy era meu grande mestre e teve grande influência na construção da profissional que hoje eu sou. O projeto que mais me marcou foi a proposta de reforma do Mercado Municipal. A ideia era levar o comércio para o pavimento superior e no inferior estariam restaurantes e bares, com a intenção de expandir a vida do local. O projeto não foi para frente, mas somente a oportunidade de trabalhar ao lado do Aldemy já foi gratificante”.
Cleide Torralbo Melo, arquiteta
“Fui estagiário do Aldemy em 1972 e o chamava de ‘meu guru’. Eu tinha um apresso muito grande por ele e uma admiração não só pelo profissional, mas também pela pessoa. Ele era muito bom e não só porque a pessoa morre que vira santa, porque ele era em vida. Lembro que, quando fui presidente da Aeamc, ele era diretor cultural e toda semana tínhamos uma palestra, um evento. Isso demonstrava o quanto ele primava pelo aperfeiçoamento profissional. Um dos últimos projetos de Aldemy foi a expansão da Aeamc, que está acontecendo aos poucos e deixará uma marca incrível”.
Orlando Pozzani Júnior
Conselheiro da Aeamc e diretor regional do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusCon – SP)
“Aldemy era um grande profissional, um exemplo para todos nós que convivíamos e aprendíamos com ele. Trata-se de uma grande perda não apenas para a Aeamc e para a classe profissional, mas para toda a nossa cidade”,
Nelson Bettoi Batalha Neto, presidente da Aeamc
“Ele foi meu colega na Aeamc e meu conselheiro permanente. Era um homem de muita qualificação profissional e sempre tinha a palavra certa na hora certa. Eu o chamava de paizão. Sempre que precisava ele me dava concelhos, fossem assuntos pessoais ou profissionais”.
Mauro Rossi, diretor financeiro da Aeamc
“Aldemy foi meu primeiro professor de projeto de Arquitetura e me introduziu na matéria, que é importantíssima para o profissional. Lembro que fomos até Sabaúna para elaborar trabalhos. Nosso primeiro projeto foi construir nossa própria casa, e isso nunca sairá da memória”.
Ana Maria Abreu Sandim, arquiteta.
Minha casa foi a primeira a ser projetada por ele, nesta cidade.