Luz na arquitetura

Luz na arquitetura

 

Arquiteto Bradford Smith

Luz na arquitetura

Percebemos a luz de duas formas: diretamente projetada da fonte para os olhos ou refletida em uma superfície, para a arquitetura a luz é importante desde do inicio da civilização onde temos exemplos clássicos na arquitetura grega definido pelo ritmo de suas colunas, no Panteão, templo romano encimado por uma cúpula, a iluminação provém de uma abertura circular no alto da construção, reflete nas paredes laterais e ganha uma qualidade difusa.

Na igreja gótica, as paredes não são estruturais e o vão é convertido em elemento translúcido e colorido, tornando-se agente transformador da luz. A iluminação colorida desaparece na Renascença, que valoriza a luz branca, indireta. No Barroco, a luminosidade se torna o ponto central do projeto e tudo é idealizado em função da luz.

O americano Frank Lloyd Wright, que começou sua carreira no século XIX, achava que a luz devia ser domada, controlada. Ele jamais deixava a luz natural entrar diretamente no ambiente, projetando grandes beirais, valendo-se da seguinte analogia: “O que é melhor? Ficar no deserto sob o sol escaldante ou sob a agradável sombra de uma árvore”? Ele propunha que, na arquitetura, a luz fosse a recriação desta luz existente em baixo de uma árvore, criando, para isso, elementos que suavizassem e filtrassem esta luz nos espaços internos. Wright escreveu muito sobre a luz natural e projetou, em geral, ambientes mais intimistas.

A arquitetura evolui e hoje em geral, as aberturas para iluminação natural, nas fachadas dos edifícios, são determinadas pelos arquitetos com base em aspectos formais.

Critérios como o percurso da luz, a proteção solar, a percepção visual, a relação com o exterior e os gastos de energia acabam desprezados, por falta de informações ou simplesmente em nome de uma estética visual, que não contribui em nada para o conforto ambiental. Os arquitetos precisam mudar sua atuação.

Dieter Bartenbach do Bartenbach LichtLabor na Austria, especialista em lighting design, acredita que as crescentes exigências de conforto visual  em grande parte em decorrência dos postos de trabalho com terminais de computador  e de economia de energia levem a uma conscientização da importância desses parâmetros e ao aproveitamento cada vez maior da iluminação natural em edifícios comerciais.

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