Lei das Piscininhas

Lei das Piscininhas

Paulo Pinhal

Com tantas chuvas que ocorreram neste inicio de ano, com enchentes em muitas cidades, causando problemas previstos e anunciados, em decorrência da falta de infra-estrutura das administrações públicas e pela educação do cidadões que moram nas regiões ribeirinhas. Problemas estes, onde a população é responsável pelo meio ambiente, quer seja por controle no desmatamento ou mesmo pela obstrução do caminho natural dos córregos e rios causando represamentos. Haja água!. Hoje em dia ainda escutamos e assistimos propagandas pedindo para que economize água em decorrência crise mundial de água nos próximos anos.

O problema da escassez de água doce já é uma realidade em vários locais do planeta. Alguns dos aspectos dessa crise vêm sendo discutidos na área acadêmica e por autoridades políticas e organizações não-governamentais, mas o grande público ainda não percebeu a importância da questão.

A água doce é essencial para a humanidade, mas a maioria das pessoas não se dá conta de que o aumento da população mundial, e, portanto das atividades agrícolas e industriais, está reduzindo a qualidade desse recurso e tornando-o mais escasso em algumas regiões. O problema já é uma realidade em vários locais do planeta, preocupando cientistas e autoridades públicas e levando à adoção de medidas que evitem o desperdício ou a degradação das reservas hídricas. Leis mais sensíveis à importância dessa questão e a conscientização de cada indivíduo de que essa ameaça envolve a todos são os primeiros passos na busca de um uso mais sustentado da água na Terra.

A água doce, indispensável à vida, é um recurso renovável, mas relativamente escasso em algumas regiões da Terra. A maior demanda (decorrente do crescimento acelerado da população humana), o desperdício e o uso inadequado podem esgotar ou degradar esse recurso. Problemas desse tipo já ocorrem em certas áreas ou regiões, e acredita-se que em médio prazo, mantidas as atuais formas de uso da água, poderão abranger todo o planeta, gerando uma crise global da água.

Parte dos problemas das nossas enchentes se refere também que antigamente o mesmo volume de água de chuva caia sobre a cidade, que por falta de pavimentação asfaltica, sendo de terra ou pavimentada com paralelepípedos eram absorvidas pelo solo fazendo manter o lençol freático (rio subterrâneo) com certa propriedade os quais na superfície são construídas edificações. Se diminuir o lençol, causam problemas.

Com a pavimentação asfaltica, bem como grande parte das edificações dos centros urbanos, não tem quintais com terras, preferindo cimentar ou colocar cerâmicas para facilitar a limpeza, deixando as áreas onde as águas das chuvas eram absorvidas, por uma área impermeável. As águas dos telhados, quintais e ruas correm para as sarjetas que por sua vez despejam em córregos ou tubulações sub dimensionadas, desaguando nos rios que outrora estava preparado para uma certa quantidade de vazão e hoje passa a ter uma quantidade superior ao seu leito, resultando em transbordamento.

Existe meio de minimizar este impacto nas cidades, onde as administrações municipais adotam os Piscinões como reservatórios de controle para que a vazão até o seu destino, seja dentro de sua capacidade de vazão.
Existem leis de uso e ocupação do solo que estabelecem áreas de permeabilização, deixando jardins ou pisos drenantes nas edificações que ajudam a reduzir o volume de água que é mandado para a rua. Existe também a lei que exige que cada casa tenha um reservatório, também conhecido como Piscininha para conter o volume de água das chuvas, sendo que se a lei fosse aplicada e tivéssemos Piscininhas nas casas, evitaríamos os Piscinões, principalmente os abertos que acabam interferindo na paisagem urbana.

As Piscininhas podem alem de ser uma alternativa barata para a cidade. Para os proprietários ela pode também ser útil com o reaproveitamento das águas para aguar plantas e lavar pisos entre outras utilidades.

Somos abençoados pela quantidade de águas que temos em um mundo que sofre de crise da água, por que não aproveitarmos melhor este recurso. Você leitor, que esta construindo, fale com seu arquiteto ou engenheiro na implantação da Piscininha em sua obra e de a sua contribuição para o mundo.

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